Greve continua e servidores denunciam descaso do governo

A liminar da Justiça em favor do governo do Estado que determina o retorno ao trabalho em 72 horas, todos os 420 servidores efetivos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) não intimidou a categoria que permanece de braços cruzados por não terem recebido uma proposta “decente” de aumento salarial. Em assembleia durante esta tarde nas dependênicias da Sema, os funcionários deliberaram pela continuidade do movimento, principalmente porque ainda não foram notificados da decisão e o governo, segundo o sindicalista Murilo Covezzi, está tratando a categoria com descaso.

Porta voz do comando de greve, Murilo afirma que nem a proposta encaminhada por eles ao governo foi analisada, muito menos uma contra-proposta foi apresentada. “Nós queremos saber quanto que o governo propõe a nos pagar. A gente reivindica salario inicial de R$ 6 mil e 11,3 no final da carreira, pois todos temos ensino superior”. Atuamente, os salários são de R$ 2,8.

De acordo com Covezzi, o secretário da Casa Civil, José Lacerda, já sabe que a categoria não vai retornar ao trabalho sem ouvir uma proposta digna do gestor. Pois ele participou da última reunião na quarta-feira, com os servidores. O movimento, segundo o sidicalista, ganhou ainda mais força ao saber do “descaso do governo” para com a categoria. Ele afirma que ao serem notificados, devem recorrer primeiramente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e se preciso, leverão o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No prazo das 72 horas estipuladas pelo desembargador Mariano Ribeiro Travassos, os grevistas tentarão reverter a decisão e se for necessário vão marcar nova assembleia para deliberarem sobre as medidas a serem adotadas. A greve completa 17 dias nesta quinta-feira (04) e 420 funcionários estão paralisados. Os demais contratados e comissionados estão trabalhando, mas de forma precária no órgão. A multa fixada pelodesembargador é de R$ 20 mil por dia,

A decisão do magistrado favorável ao Estado foi com base na ação impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) ao argumentar prejuízos ambientais e financeiros em decorrência da greve.